
Os eleitores majoritariamente vêm demonstrando grande esperança e otimismo com o novo governo, composto por muitos militares (65%, segundo o Datafolha); 56% desses eleitores acham que o novo Congresso Nacional será ótimo ou bom. Eu estarei lá e quero contribuir com algumas ideias (combate à corrupção e educação de qualidade para todos, por exemplo).
Em 130 anos de República (1889-2019), os militares mandaram no Brasil ou dominaram a vida política dez vezes. Em 1985, no final do nono período, depois de 21 anos no poder, os militares exauridos e derrotados, entregaram o país hiperinflacionado, endividado, pouco estudado e quebrado aos civis.
Tancredo Neves foi eleito presidente (em eleição de um colégio eleitoral), mas morreu na véspera da posse. Os militares chamaram o STF e passaram-lhe o bastão da função moderadora de garantia da ordem e da estabilidade da redemocratização, que se consolidou com o advento da Constituição de 1988. O STF, informalmente, decidiu que José Sarney tomaria posse e governaria a nação (ver Oscar Vilhena Vieira, Folha 22/12/18). O STF se empoderou.
A função moderadora do STF (seu respeito, sua autoridade) durou 33 anos (1985 a 2018). A derrocada final se deu em 2018, quando os militares passaram a dirigir à distância seus julgamentos. Foi a repetição de Deodoro da Fonseca, que um dia disse: “Se os Ministros do STF derem esse habeas corpus, quero ver quem é que vai dar habeas corpus para eles”.
A partir da Lava Jato (que começou em 17/3/14) os acertos do STF, de repente, foram superados superlativamente pelos erros contínuos de alguns dos seus ministros, que não souberam se manter longe da polarização encarniçada que se instalou no país. A Lava Jato mostrou as entranhas e as engrenagens do poder, assim como do STF. Tudo exposto ao sol, a derrocada foi inevitável.
Os ministros se politizaram (ala petista, ala peessedebista, ala dilmista, ala aecista, ala garantista, ala conservadora) e entraram no ringue da disputa, ofendendo-se publicamente porque tomados pela emoção (aquela mesma do “homem cordial”, uma das alegorias mais belas e profícuas já construídas no nosso país).
“Vossa Excelência não passa em exame de jardim da infância”. “Vossa Excelência é o AI aqui dentro”. “Vossa Excelência não é um juiz velho, é um juiz velhaco”. “Vossa Excelência tem pitadas de psicopatia” e por aí vai. Pela régua de Simão Bacamarte (de Machado de Assis), todos os contendores deveriam ser internados.
Cada ministro se tornou um Supremo. A herança ibérica do personalismo (já descrito por Sérgio Buarque de Holanda no seu clássico Raízes do Brasil) agigantou-se. “La Corte soy yo”. A proliferação de decisões monocráticas e liminares geraram a maior insegurança jurídica de todos os tempos. Eclipse da ética da colegialidade. O barco do STF virou um Titanic.
O STF foi perdendo dia a dia sua autoridade. A confiança foi se esvaindo. O poder, como se sabe, não deixa vácuo. Os militares, pela décima vez, voltaram a ter protagonismo na função moderadora.
Repassando a história brasileira, sabe-se que a função moderadora em primeiro lugar foi conferida ao Imperador (Constituição de 1824). Cabia a ele a preservação do sistema político conflitivo assim como da harmonia e independência dos demais poderes.
Com a proclamação da República (1889), que veio como retaliação à Abolição da escravidão (1888, ato da Princesa Isabel), imaginou-se que essa função seria exercida pelo Supremo Tribunal Federal (ou seja, pelo império da lei). Ledo engano. Esse modelo americano naufragou ab initio (desde o princípio).
A função moderadora dos conflitos entre os poderes ou entre os vários grupos de interesses conflitantes (muitas vezes mafiosos) passou a ser desempenhada por quem tem “forças reais”, não por “forças no papel” (Raymundo Faoro).
Foram os militares que assumiram esse mister, de colocar “ordem na casa” (embora muitas vezes também promovam algumas “desordens”, sobretudo na ignorância do povo).
Eles já decretaram 10 intervenções na vida política e econômica do País (Alfred Stepan, citado por Oscar Vilhena Vieira, Folha 22/12/18, fala em nove intervenções porque não computou a que está agora em andamento no Brasil).
A primeira intervenção militar se deu em 1889, na proclamação da República (Deodoro da Fonseca), contra o ato da Abolição da escravidão (1888). Exército e oligarquia cafeeira de São Paulo derrubaram D. Pedro II, mandando toda família real para fora do Brasil. Foi assim que um monarquista (Deodoro) assumiu a presidência da República.
A segunda aconteceu em 1910, com a Revolta da Chibata, contra os castigos corporais impostos a marinheiros (o presidente Hermes da Fonseca, apesar da rebelião, acabou não sendo tirado do poder).
A terceira é de 1922 (Movimento Tenentista), a quarta é de 1930 (Revolução do Getúlio com apoio dos tenentistas), a quinta é de 1945 (deposição de Getúlio Vargas pelas Forças Armadas), a sexta é de 1954 (as Forças Armadas exigiram a renúncia de Getúlio, que acabou se suicidando).
A sétima é de 1955 (tentativa de impedir a posse de Juscelino, que só foi garantida depois por outro grupo militar em 11/11/55, dirigida pelo general Lott), a oitava foi em 1961 (tentativa baldada de impedir a posse de João Goulart), a nona foi em 1964 (golpe que levou os militares ao poder durante 21 anos) e a décima se deu em 2018: está acontecendo agora com a perda da autoridade do STF, após o advento da operação Lava Jato.
As decisões com reflexos políticos mais importantes para o país estão sendo monitoradas pelas Forças Armadas. Não será surpresa se algum ministro do Supremo, pela primeira vez, sofrer impeachment. Esse é hoje o sonho de muitos brasileiros que já se acostumaram a ver algum progresso institucional no meio de tempestades. Avante Brasil!
Professor, é e o Renan no Senado! ? Não será um tapa na cara destes brasileiros que acreditaram mudanças? Ótima tarde!
Prof. e Deputado Federal LFG. O povo votou em Bolsonaro para erradicar com a Corrupção mas o Senado está em voltas para a eleição do Renan como Presidente da Casa e de Maia com apoio total da bancada do PSL e do Presidente Jair Bolsonaro. Sabemos que as duas casas através da suas presidências são responsáveis em colocar em pauta projetos de leis que combatem e endurecem a corrupção. Como dois corruptos colocarão em pautas projetos que podem prejudicá los. Como o Senhor vê esta situação e qual é a sua posição e voto? Seu partido fechou questão ou liberou cada um votar como quer?
Confesso que tenho esperanças de melhora, embora preferisse uma intervenção militar mesmo, mas se AGORA VAI, é difícil saber, mas só em saber que não temos mais comunistas ladrões da pátria no poder, já é um alento.
…mais um esquizofrênico paranóide fazendo comentário. Comunistas…onde?….só na cachola desses psicopatas!
E agora os odiados pobres descendentes de negros e índios vai de vez,sim, porque a história tem demonstrado que os presidentes repelidos pelo exército com raras exceções,eram a favor da maioria pobre. Pelo que parece deve agravar o ódio aos excluídos. Se isso agrada,fazer o que?
Espero que quem ler esse comentário vá estudar a verdadeira história dos militares e veja em que situação o Brasil foi entregue aos civís em 85 pois o país estáva em 8 lugar na economia mundial! Esse discurso me parece comunista e não condiz com a realidade!
Alguns lêem ,mas não interpretam e acabam “descambando” para argumentações sem fundamentação. Os mesmos infelizmente que ficam discutindo comunismo,socialismo no PT e asseclas sem pesquisar pelo menos no oráculo o que é o comunismo e o que é o socialismo ,se fizerem isso vão aprender que nunca o comunismo ,ou, o socialismo foi praticado no mundo e muito menos no Brasil. Aqui o que tivemos e o futuro vai nos dizer foi o oportunismo ,tanto praticado pelo petrolão do PT e asseclas da mesma forma pelo Centrolão PSDB e asseclas. No Brasil até esse momento e aguardemos o futuro esquerda e direita foi apenas a mão que abriu o cofre e se apropriou dos recursos extorquidos de quem não pode sonegar seus tributos
Tenho esperança de uma Intervenção Militar.
Infelizmente a sua sigla é o PSB,partido socialista = comunista. Apesar de todo seu preparo não confio nas suas propostas pois continua criticando o regime militar.
Graças a DEUS. Que tive a oportunidade de estudar com professores assim como o Sr. Demorou para o Sr. Tomar consciência e disputar um cargo eletivo. Essa sim é a intervenção que o povo precisa pessoas limpas como o Sr. Ai existe esperança
Intervenção já é tolerância ZERO no mínimo 10 anos.
Essa vagabundagem toda deve acabar.
O posso dizer de tudo que li acima??? cada defendo o seu quinhão!!! ninguém pesando no global do povo brasileiro!!!eu por exemplo trabalhei mais de 43 anos ininterruptos, sempre contribuindo com máximo permitido, para na velhice, ter pelo menos o mínimo necessário de dignidade de vida!! como o que consegui foi uma aposentadoria liberada liminarmente pelo teto máximo!!! agora vêm um desses desembargadores que decidem sobre a vida de qualquer trabalhador!!e acaba com a pouca segurança adquirida ao longo desses anos!!! hoje tenho o benefício reduzido a 50% do valor obtido por direito mesmo que liminarmente!!! porque nesse nosso país, quem paga imposto mesmo são só os trabalhadores que nem têm como sonegar, como esses políticos, judiciários e até mesmo esses militares que conseguem muitos benefícios sem ter tido pago nenhuma contribuição para ter esses direitos!!!… infelizmente é isso de nada adianta debater esses assuntos que não leva a nada e nem ajuda ninguém de verdade, pois quem realmente precisa às vezes não têm nem acesso a fazer algum tipo de revelação!!… triste… só isso…
Um país totalmente administrado pelo Militar, haja vista que criaram na cabeça do brasileiro que passamos por uma ditadura
Grande engano.
O povo brasileiro ainda não viveu uma Ditadura na integra ou total. O Ditador persegue a Igreja e controla os ganhos de cada profissional, onde o poder de compra é limitado.
Tivemos sim, uma intervenção Militar. Logo depois de uma porta estreita, logo veio a porta larga. Ou seja, uma abertura que deu margens de libertinagem ao invés de libetdade. Hoje vivemos várias ditaduras camuflada.
Que manda no país é o capitalismo selvagem e os bandidos. Tendo ainda uma policia corrupta e leis que invertem a ordem. Fazem justiça ao injustos e negam justiça ao justo. Como Rui Barbosa disse: “Chegará o tempo que o homem teria vergonha de ser honesto.
O poema: Sinto vergonha de mim.
O Brasil só cresceu na era dos militares no poder. Depois disso só se enriqurceram foram os politicos, os corruptos e os BANDIDOS.
Que Deus tenha misericórdia desse país.
“Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós/E que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz” – invoca o refrão da letra do samba de uma premiada escola carnavalesca do Rio de Janeiro, em uma alusão ao grito de liberdade que ecoa desde os mais longínquos rincões às metrópoles do Brasil por séculos a fio. Embora secular, esse grito de socorro permanece longe e cada vez mais distante dos ouvidos de todos aqueles que se arvoram da pretensão de exercer alguma liderança sócio-política nesse País. Mas, pelo contrário, o que vemos se agigantar é sempre a voracidade mercenária de um canibalismo antropofágico selvagem, sempre cioso de promover o desmonte do Estado nacional, a extinção e o aniquilamento dos direitos trabalhistas, o esfacelamento das conquistas sociais até aqui a duras penas alcançadas e o loteamento das nossas riquezas naturais e recursos estratégicos, com um vigor inaudito capaz de causar inveja à comunidade abutre de Wall Street. Então, a pergunta que teima em não se calar é: pode-se ter alguma esperança nesse País dito por Deus abençoado?
Vocês, heim.. perdem grandes oportunidades de ficarem quietos ao invés de passar vergonha.. quem disse que o plano de governo de Bolsonaro é intervenção militar??.. quem disse ou onde está escrito que Bolsonaro entrou com golpe ou contra golpe militar para assumir o governo do país??.. será que sou o único que não estou vendo os tanques de guerras postos nas ruas da minha cidade e em todos os demais lugares??.. onde está os Estados Unidos juntamente com a igreja Católica apoiando com interesse a intervenção??.. onde está as censuras nos radios, tvs, internet e outros??.. == Vou dar um conselho para vcs jornalistas de notícias sensacionalistas e inconvenientes: aceitem que dói menos.. pois vcs sabem mais do que ninguém que se Bolsonaro implantasse a intervenção militar em seu plano de governo, afirmo com exatidão que de modo nenhum vcs estariam publicando suas matérias falsas criticando o presidente Bolsonaro.
Já estamos em uma intervenção militar, e logo tomarão tudo, vamos ter uma junta militar e adeus políticos, faxina geral
Bem tendenciosa essa matéria do Luiz Flávio, uma vez que ele coloca somente os pontos negativos do regime militar, os pontos positivos esses jornalistas tendenciosos tentam atrelar a alguns partidos políticos ou mesmo aos próprios políticos na época do feito
Bom dia, a intervenção que eu quero e o que a maioria dos brasileiros querem, são as que os militares estão no poder e com poder absoluto, sem a interferência desses comunistas que destruíram a nação e querem transformar numa pátria grande. Isso nunca.