Nos últimos 40 anos (1981-2020) a renda per capita em dólar do brasileiro (ajustada pela PPC: Paridade de Poder de Compra) deu m****. Vai avançar apenas 0,8% (patamar de US$ 14.821). Em 2010, o Brasil ocupava a 77ª posição. Vai cair para o 85º lugar.
Quem está nos passando? Montenegro, Tailândia, Ilhas Maldivas, Botsuana, Sérvia, Costa Rica, Iraque e República Dominicana (ver Dinheiro, 22/5/19); 84% dos 191 países monitorados pelo FMI devem crescer mais que o Brasil (levantamento do economista Balassiano, da FGV/Ibre, citado pela Dinheiro).
Por força das decisões equivocadas das nossas elites dirigentes (oligarquias), o mundo avança enquanto o Brasil continua dando m**** (na desigualdade, na falta de educação, saúde, infraestrutura e por aí vai). Nossa agenda é do passado: corrupção, instabilidade econômica e política, desequilíbrio fiscal, excesso de gastos etc.
Estamos caminhando para a década mais perdida de todos os tempos. Antes era a de 1981-1990, com crescimento médio do PIB de 1,7% a.a. Na década mais perdida (2011-2020) não vamos crescer mais que 0,9% a.a. (projeção do FMI). A América Latina no mesmo período deve crescer 1,7% em média. Os países emergentes, 4,9%. No item crescimento econômico, como se vê, indiscutivelmente, o Brasil deu m****.
Na CCJ da Câmara dos Deputados, há poucos dias, eu disse que, se nada mudar urgentemente, a história vai registrar como governantes na década mais perdida nos últimos 120 anos três presidentes: Dilma, Temer e Bolsonaro.
Na mesma hora os dilmistas protestaram: a culpa é do Temer e do Bolsonaro. Os bolsonaristas salientaram: a culpa é do passado, é da Dilma e do PT. Os temeristas afirmaram: a culpa é do passado (Dilma) e do presente (Bolsonaro). Nossa incapacidade intelectual de buscar soluções para nossos problemas está dando m****.
Por quê? Porque o cérebro humano castigado, dilacerado, fadigado e desesperançado (isso significa quase 100% dos brasileiros) tem como preocupação exclusiva a busca de culpados. Não se fala do futuro, da construção de um Projeto de Nação. Falta-lhe a visão futurista (porque morreu a esperança). Nosso projeto de futuro está dando m**** novamente.
Ocorre que sem um Projeto de País o Brasil continuará com crescimento ridículo, por não inspirar confiança (e sem ela o investimento não vem).
De 2000 a 2017, a média anual do investimento público do Brasil foi de apenas 1,92% do PIB, o segundo mais baixo entre 42 países (Dinheiro, 22/5/19). O investimento público, como se vê, também está dando m****.
Razões da nossa tragédia econômica: baixa produtividade, ambiente de negócios desfavorável (109ª posição, entre 190 países – fonte: Banco Mundial), pouca abertura comercial, burocracia no pagamento de impostos (184ª posição), brutal insegurança jurídica, carga tributária elevada em relação ao capital produtivo, baixa qualidade da mão de obra (por falta de educação e preparo) e uma medonha corrupção praticada pelos barões ladrões (oligarquias da rapinagem que nos governam e nos dominam), como salientei no meu artigo anterior.
Já estamos há 40 anos no inferno do baixo crescimento. Dante Alighieri, na Divina Comédia, foi quem melhor estudou o inferno. Da sua obra extraímos uma boa e uma má notícia. A má notícia: o inferno tem nove camadas. Se você se julga no inferno (na m****), é bom saber em que camada você está.
Qual a boa notícia? Se olharmos quem nos governou nesses 40 anos de baixo crescimento econômico médio temos: Figueiredo (1º inferno), Sarney (2º inferno), Collor (3º), Itamar (4º), FHC (5º), Lula (6º), Dilma (7º) e Temer (8º). Bolsonaro seria, até aqui, neste item do baixo crescimento, o 9º inferno.
Leia-se: já estaríamos no último estágio de baixo crescimento (ufa!). Depois do inferno vem o Purgatório e o Paraíso só chegará no final. Sem perder a esperança, à luta companheiros de jornada! Temos que chegar o mais pronto possível no Paraíso (para esquecermos os tempos do Brasil navegando na m****).
LUIZ FLÁVIO GOMES, professor, jurista e Deputado Federal Contra a Corrupção.
Fato!
O Brasil para retomar o seu crescimento econômico é necessário varias medidas que são difícil de realizar
1- criar um taxa de juros de 0,5% a.m;
2 -criar uma carga tributaria única de 1,5% nas transações comerciais;
3 – Taxar os altos lucros obtidos por os mais ricos deste pais 1% da população que não pagam impostos obtidos com as aplicações em Spread,Selic,e outras fontes de capitalizações. Esta omissão deixa de arrecadar 620 bi por ano.Quando os gestores sente dificuldades financeira para sanar os compromissos em geral vão tomar empréstimos para pagar com altos juros ,engraçado é aquela historia que já sabemos vai comprar o que foi roubado em casa do próprio ladrão o nosso dinheiro.São a serem tomadas para já.É o caminho para equilibrar a economia Brasileira.