Reforma da previdência não pode proteger as elites destrutivas.
Não é só o velhinho miserável do BPC que integra o grande arco dos expropriados da nação. A política socioeconômica aqui implantada pelo clube das elites dirigentes (elites do Mercado, do Estado e da Política) está massacrando a indústria, o comércio, o agronegócio, a construção, as atividades liberais, os autônomos, os sindicatos e associações, os trabalhadores e os servidores públicos.
A reforma da previdência, tanto quanto a reforma tributária, política, fiscal, eleitoral etc., é absolutamente necessária, mas ela veio contaminada por vários vícios de origem, típicos da velha ordem socioeconômica, regida pelo nefasto clube das elites tóxicas, pouco afeitas à ordem constitucional e à ética humanizadora.
Se o governo quer cobrir o buraco previdenciário de R$ 200 bilhões por ano, por que, paralelamente à reforma previdenciária,
1. não cumprir a Constituição e limitar as renúncias, os subsídios e as isenções fiscais em 2% do PIB (que é a média mundial)?
Foi a farra dos subsídios e das renúncias fiscais que quebraram o Brasil, disse o ministro Paulo Guedes (Folha, 14/2/19). E quem quebra um país, seja de esquerda, de centro ou de direita, é um opressor inimigo do povo.
Computando a União, os Estados e os Municípios, essa esbórnia das elites vorazes opressivas e saqueadoras chega a 6% do PIB, ou seja, quase R$ 400 bilhões por ano!
2. Por que a reforma da previdência tem que recair preferencialmente sobre os ombros dos “oprimidos ou saqueados da nação”, ou seja, dos ferrados?
3. Por que a União não cobra eficazmente sua dívida ativa (ao menos os solventes contumazes) que já passa de R$ 2 trilhões de reais? Qual incompetência gerencial está impedindo essa cobrança?
4. Por que não se lança uma política séria de combate à sonegação fiscal, que desvia R$ 500 bilhões por ano?
5. Por que se estimula tanto a informalidade no nosso país, se ela deixa de recolher aos cofres públicos R$ 1 trilhão por ano?
6. Por que não combater com eficácia as evasões das elites do mercado para os paraísos fiscais, que desviam mais de R$ 100 bilhões por ano?
7. Por que não renegociar a dívida brasileira, pagando menos juros? Renegociar não é dar calote! Países como Equador e Grécia conseguiram até 40% de desconto na dívida.
8. Por que tantos Refis, que acabam beneficiando privilegiados opressores que não fazem parte do grupo dos “massacrados” ou extorquidos?
9. Por que não incrementar o duro combate à corrupção sistêmica, que embolsa mais de R$ 200 bilhões por ano? Os corruptos são opressores da nação porque retiram dela dinheiro valioso da educação, saúde, Justiça e segurança.
A reforma da previdência conta com pontos positivos (ajustes na idade da aposentadoria, por exemplo), mas também apresenta muitos problemas constitucionais.
Sua virtude colateral foi, no entanto, ter chamado nossa atenção para os prejudicados pelas elites dirigentes, que só pensam nos seus interesses, ferrando todas as demais pessoas, de todas as classes sociais.
A divisão entre a esquerda e a direita perde sentido completamente quando miramos com atenção todos os discriminados, espoliados ou saqueados na Santa Ceia do Orçamento Público ou na oferta abundante de dinheiro barato aos “amigos do rei”.
A Sindifisco (25/3/19) diz que 75% da economia pretendida pelo governo (R$ 1,1 trilhão em dez anos) sairão dos grupos mais pobres.
Os servidores que estão sendo chamados de “privilegiados” também irão pagar a conta, mas o chocante, o impactante, o aberrante é ver as elites selvagens não exigirem nada das castas dos devedores bilionários solventes e contumazes do INSS.
Estas castas privilegiadas, mais uma vez, foram indevidamente poupadas. Pertencem ao clube das elites selvagens, logo, gozam de imunidades.
Nenhum esforço está sendo feito para cobrar esses contumazes, que no contexto da reforma surgem como opressores que se esquivam das suas responsabilidades, jogando o fardo pesado da conta da previdência nos ombros de outras pessoas.
Não acredito que os grandes devedores serão cobrados(os amigos do rei), a pena recairá, como sempre, aos mais pobres.
Desculpa LFG, mas que eu saiba você é do judiciário, não sei se do MP ou da magistratura, agora você é deputado federal, antes fazia parte do judiciário mais caro do mundo, agora do legislativo. Aí eu lhe pergunto\ Como que você lida com isso, defende o povo e combate as elites? Poo favor seja coerente, você sabe que o maior problema deste país são os altos salários no serviço público! Fazem poucos dias perguntei se os generais ministros recebem como general e como ministro e ninguém me respondeu! Vamos nos respeitar, um pouquinho só!!
A ideia da reforma trabalhista era gerar milhões de empregos, isso não aconteceu tanto é verdade que hoje temos mais de 13 milhões de desempregados. Agora, temos a reforma da previdência que ao meu ver extingue direitos dos trabalhadores, uma dela é a aposentadoria por tempo de contribuição, direto esse conquistado ao longo de décadas. A reforma sim é necessárias, mas esse suposto déficit é contestado e não é causado pelos trabalhadores e sim pelas altas aposentadorias, de servidores públicos, políticos, anistiados, pensões pagas a filhos de militares dentre outros. No Brasil sempre quem paga as contas São os trabalhares, principalmente os mais pobres. Lembrando que o atual presidente votou contra a reforma quando deputado e em campanha criticando a reforma do governo Temer! Ele votou certo no passado? Hoje o governo está fazendo a escolha correta no tocando aos trabalhadores? E se for retrocesso social, como fica os trabalhadores? Essa proposta de reforma tinha que ser discutida com a sociedade! Muitos apoiam mas não sabem dos impactos futuros.
Perdeu o meu voto ao votar contra! Nunca mais voto no senhor!
O meu também. E todos os que convenci a votar em você. Para mim isso é o que se diz de quem quer ser mais realista que o rei. Votar contra a reforma da previdência com certeza decepcionou a maioria dos que votaram em você.
Concordo que tem que cobrar os devedores da previdência, mas sabemos que muitos desses devedores não podem mais ser cobrados por serem empresas que não existem mais como por exemplo a varig, mas vamos dizer que consigam fazer que os devedores paguem os 400 bilhões em dividas, salda o deficit de dois anos e depois? A atual previdência é insustentável isso é matemática esse sistema está errada no conceito onde ativos custeiam o benefício dos inativos só que para isso o crescimento de contribuintes deveria crescer, mas não é isso que acontece em 2005 para cada 100 ativos existia 58 inativos em 2017 a proporção chegou há 88 inativos para 100 ativos ou seja o sistema falhou, não se sustenta, vai gerar déficits cada vez maiores até chegar ao colapso.
Uma pena voltar contra a reforma da previdencia, sabemos que existe mais reformas ou ações para melhorar as conta publicas. Este era um momento de inicio de uma possível injustiça social, a grande transferência de dinheiro aos previlegiados, era tambem para avaliar a constitucionalidade, o que for injusto deve ser discutido adiante.
Olá LFG, pontos importantes mencionados pelo Sr., porém devem ser tratados em outra ocasião. Pontos estes devem ser colocados na reforma tributária e outros.
Agora estamos tratando a previdência, seu voto contrário não representa o que o Brasil precisa. Importante reavaliar sua posição para a votação no plenário.
Boa tarde LFG. Fui aluno seu no curso do Damasio de Jesus, há varios anoa atrás, quando o Sr. ainda era juiz. Agora me causou muito espanto, foi V. Excia na CCJ, votar contra a Reforma da Previdência, bem antes de se discutir futuras alteracoes, modificações e acréscimos. Porquê esse voto contrário?? Estou decepcionado com o voto do Senhor na CCJ.
Com certeza você decepcionou a grande maioria dos seus eleitores, votando contra a reforma da previdência. A mim, decepcionou muito!