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Como captar recursos para projetos sociais?

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A equipe do Instituto Luiz Flávio Gomes conversou com Áureo Giunco Jr., consultor de projetos e investimentos sociais e co-criador da Bússola Social, que dá dicas e orientações para gestores de organizações sociais

 

São inúmeros os desafios para a manutenção dos trabalhos de uma organização social do Terceiro Setor, mas um dos principais é a captação de recursos. Sem a verba, muitos gestores não conseguem adquirir equipamentos para qualificação dos serviços, arcar com custos básicos da estrutura e até cumprir com a folha de pessoal. Assim, conquistar a atenção de um potencial investidor é muito importante, mas igualmente desafiador, já que deve ser feito da maneira correta.

Um bom projeto para captação de recursos precisa ser estruturado, desde a introdução à boa justificativa, passando por objetivos a serem alcançados, possíveis riscos e metodologia para aplicação das verbas. Os investidores ainda precisam ter noção do impacto potencial a ser gerado pelo investimento. Ou seja, qual será a contrapartida para a sociedade (neste caso, a comunidade em que a ONG está inserida e o público que atende). Tendo isso em mente, você já está com meio caminho andado!

Continue a leitura para verificar dicas importantes para elaboração dos projetos!

Elabore o projeto

#1 – A justificativa do seu projeto é parte essencial para conquistar os recursos. Fale da importância das ações, como alteram a realidade do grupo atendido. Não esqueça de se cercar de informações e dados de fontes confiáveis.

#2 – Preste atenção aos objetivos específicos. Faça com que o possível investidor entenda como ele pode ajudar sua Organização Social a alcançar suas metas. Cada objetivo deve conter um bom argumento, que fundamente a solicitação. 

#3 – Explique quais serão as estratégias e atividades desenvolvidas para que os objetivos sejam alcançados. Não esqueça de informar os recursos humanos que serão utilizados nesse processo, bem como qual a capacidade para execução final.

#4 – Não superfature o orçamento, seja fiel a sua necessidade. Utilize dados precisos, com dois ou três orçamentos diferentes, para conquistar a confiança do investidor social.

#5 – Tenha dados quantitativos. Números e estatísticas fazem um bom projeto.

#6 –  Em algumas captações de recursos, investidores sociais questionam qual será o cronograma correto do uso das verbas recebidas. Crie uma tabela ou apresentação com todos os detalhes, com datas, etapas do projeto e quantias que serão utilizadas.

Pondere sua capacidade com a necessidade social e os objetivos de quem investe

Para o consultor de projetos e investimentos no Terceiro Setor, o jornalista e empreendedor social Aureo Giunco Jr., gestores das organizações do Terceiro Setor precisam entender suas capacidades e conhecer quem irá destinar o investimento para iniciarem a redação do projeto. Ele é co-criador da Bússola Social, que auxilia tanto na gestão quanto na conexão entre projetos e investimentos no Terceiro Setor e compartilha sua experiência.

“Para elaborar um bom projeto existem dois pontos. Primeiro, cabe à ONG entender muito bem do que faz e da capacidade de fazer. Eu, enquanto organização, sei o que entrego e o que gero de valor e impactos. Eu preciso me conhecer como organização, para não propor a mais do que eu posso ou menos do que poderia entregar. Em seguida, preciso entender o que a fonte financiadora, que pode ser um investidor, patrocinador ou apoiador, deseja ler. Preciso conhecer o investidor para que possa direcionar a proposta. Assim, o projeto é a transcrição daquilo que eu faço, uma forma de vender por escrito uma ideia, causa ou resultado”.

Segundo Giunco Jr., existem várias formas de captar recursos, além dos investimentos de institutos ou fundações empresariais por meio de edital, o que aumenta ainda mais as chances de acessar a verba necessária para realização e manutenção das atividades em sua ONG. 

“Recursos governamentais existem nas esferas Municipal, Estadual e Federal, cada uma com especificações. Organizações da sociedade civil que trabalham com projetos de saúde, por exemplo, podem captar verba de Secretarias, Fundos e Conselhos. Ainda existem emendas parlamentares feitas por deputados. Os recursos também podem ser obtidos como doação, investimento e patrocínio de pessoas físicas (pagamento de boleto) e jurídicas – casos comuns são de divulgação de marcas nas regiões atendidas pela ONG”, finaliza Giunco Jr.

O Brasil possui mais de 781.894 ONGs ou OSCs, segundo o Mapa das OSCs do IPEA. São centenas de milhares de organizações que, quando bem conduzidas, atendem importantes demandas sociais, frequentemente, negligenciadas por falta de condições do Estado. Além de gerarem empregos e ajudarem a difundir, por meio de suas atividades, uma cultura de colaboração, empatia e responsabilidade social.

Acompanhe o site e as redes sociais do Instituto Luiz Flávio Gomes para ficar por dentro de outros conteúdos, editais e projetos de fomento para iniciativas do Terceiro Setor.

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